segunda-feira, 27 de abril de 2009

Budapest

Budapeste foi a cidade em que pudemos ficar menos tempo; deu para aproveitar bem os dois dias mas alguns dias a mais não teriam feito mal.

Vamos lá, de cima para baixo... a ponte da foto, sobre o Danúbio, se chama Széchenyi lánchíd. Entre parênteses, a língua húngara é uma língua completamente a parte, que não parece em nada com nenhuma língua habitual, e é aparentada apenas (e meio de longe ainda por cima) do finlandês, outra língua pra lá de estranha.



Mas voltando, a Ponte Széchenyi data de 1849, e se hoje ela é bonita imagine o que era na época! Ela liga as duas "ex-cidades", Buda e Pest, que hoje formam uma única cidade, capital do país. Todas as pontes de Budapeste foram destruídas durante a 2a guerra e a reconstrução da Széchenyi terminou no ano do centenário, em 1949.

A sopa se chama gulyás, é o prato típico e é delicioso! Mas não deixe a Hungria sem provar uma Sztapacska, que também é supimpa ;)


Usamos bicicletas amarelas alugadas que para subir no Budai Vár (Castelo de Buda - nada a ver com o budismo, só para deixar claro), visto de Pest no entardecer na foto da direita.


Em seguida, a Országház (Casa do Parlamento) vista do Danúbio e a imperdível Széchenyi Fürdö, a maior casa de banhos da Europa, com piscinas alimentadas por fontes termais além de saunas e diversas outras mini-piscinas a várias temperaturas dentro do prédio. A entrada por 3 horas custa 2800 Forints, ou seja... menos de 10 euros!

Para terminar, a House of Terror. É o museu do comunismo e definitivamente passagem obrigatória de todo visitante.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Strip Crônicas #46

Minha primeira tirinha desenhada à mão e devidamente escaneada (usando um scanner e não uma máquina fotográfica, agradecimentos ao Sabetta dono do scanner). O "pós-processamento" necessário foi mínimo (contraste, brilho, compressão), então talvez seja uma alternativa viável e talvez mais tirinhas desenhadas à mão apareçam no futuro =)

Para quem não pegou a piada, "Czech" é tcheco (ou tcheca) em inglês, e se pronuncia como "check".

terça-feira, 21 de abril de 2009

Wien

O ensinamento de hoje, meus caros, é que Viena é muito foda. Mais uma vez, 3 dias foram insuficientes. Tudo bem que em parte o meu pé estava meio ruim e não podíamos andar muito rápido, tudo bem que o tempo estava tão bonito que se fosse sempre assim qualquer um ia querer passar um mês lá. E tudo bem que eu estava com ela, o que torna tudo ainda mais agradável... mas convenhamos, não é de toda cidade que se pode falar assim.






Eu acho que o turista padrão em Viena teria fotos diferentes para mostrar. O único museu em que fomos foi o Haus der Musik (casa da música), e ficamos devendo visita a muitos outros que gostaríamos de ter ido, como o Albertina, o museu de história natural, o museu de antropologia e o museu de história da arte. Mas ao todo a cidade tem mais de 100 museus! Também não entramos nos palácios imperiais de Schönbrunn e Hofburg.




Mas se deixamos de ver muitas coisas, o que vimos não desapontou em nada; algumas atrações: Wurstelprater (parque de diversões), Hundertwasserhaus (edifício residencial do arquiteto Friedensreich Hundertwasser com um estilo bem particular), uma criação de borboletas, o jardim de Schönbrunn e o zoológico mais antigo e um dos mais modernos do mundo, com ursos polares, pinguins, coalas e até pandas!

Pra finalizar, o hostel era muito bom (Wombat's), com um café ótimo :)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Praha

Bem vindos de volta, caros leitores!


Para não me cansar, fiz uma seleção de fotos do primeiro destino da viagem de páscoa. Trata-se de Praga, ou Praha em tcheco. A cidade é muito bonita e mesmo com 3 dias deixamos certamente de visitar coisas que valiam a pena. O rio que cruza a cidade se chama Vltava.

Viena e Budapest virão na sequência. Até lá!

Cidade velha Vista da Torre de Pólvora.






Feirinha na praça, com a banquinha que vende o delicioso Staročeské Trdlo. Parece que a tradução é "bolo doce".







Entrada do ótimo Museu do Comunismo.







quinta-feira, 9 de abril de 2009

Última prova antes do Leste Europeu

Hoje tive prova de arquitetura. Nos deram 4 horas para comentar um texto de tipo umas 15 linhas! 4 horas! Acho meio excessivo para uma redação. O pior é que eu não escrevi muito, um pouco pela dificuldade de desenvolver mais o tema e um pouco por causa da língua, afinal teria sido bem mais fácil se eu pudesse escrever em português. (quoi que...)

Amanhã às seis da tarde eu entro em férias por uma semana. Vou explorar o Leste Europeu com a namo. Se bem que quando eu comentei com uma Búlgara que eu ia para Praga, Viena e Budapest ela me disse que pra ela isso não é "Europa do Leste", pois não é suficientemente no leste. Questão de ponto de vista...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Na mãe Rússia...

Encontrei este artigo interessante sobre fasciite plantar (a dor no pé que eu tenho). Em uma certa altura ao tratar de palmilhas ortopédicas o cara fala o seguinte:

Debate has raged for decades as to whether or not orthotics are necessary or simply a crutch (Keating 1992). The Russians have no translation for foot orthotics and subsequently do not use orthotics. When asked about the severity of their athlete's foot problems I was told, "We have no foot problems. We strengthen the foot."
[ Há um debate de décadas sobre orteses (no caso, palmilhas ortopédicas) serem necessárias ou apenas auxiliares. Os Russos não têm tradução para palmilha ortopédica e consequentemente não usam. Quando perguntados sobre a gravidade dos problemas de pé em seus atletas, me disseram, "Nós não temos problemas de pé. Nós fortalecemos o pé." ]

Note a grafia "The Russians", com R maiúsculo, haha! Me lembrou daquela lenda de que na Rússia eles não têm teclado: os computadores são operados com geradores de tensão e corrente...

Me lembrou também daquela história de que a NASA teria investido 11 milhões de dólares para desenvolver uma caneta que funcionasse a zero-G, no espaço, enquanto os russos investiram alguns copeques na livraria da esquina e usaram lápis. Bom, é falso, ao menos para aqueles que confiam na Wikipedia (como eu...). Este artigo desmente a lenda.

Foto: englishrussia.com. A estátua de Lenin no fundo, com um buraco aberto
no "lado de trás" foi uma pegadinha de primeiro de abril em São Petersburgo.

domingo, 5 de abril de 2009

PS

As contas preliminares do post anterior se mostraram equivocadas de um fator dez mil. "Apenas" quarenta minutos devem ser suficientes para manter acesa uma lâmpada por 5 segundos.

Em um assunto não relacionado, descobri um site cuja especialidade é fornecer fundos de tela cinzas de qualidade. É o Amazing Grays. Eles têm também uma seção com variantes do jogo de xadrez: o Zombie Chess e o Team Fortress 2 Chess...

E é melhor eu voltar a estudar agora!

PSC news

Minhas contas preliminares acabam de me levar a concluir que o dispositivo de captação de energia das ondas do mar que construimos realiza a proeza de fornecer uma potência inferior a 7 microwatts, em condições de mar favorável.

Para os leigos, isso significa que a máquina teria que trabalhar por dez meses ininterruptos, em um mar utópico, para gerar energia suficiente para manter uma lâmpada acesa por cinco segundos. A idéia é que ela vai enchendo um reservatório de água, e portanto se escolhermos um copo como reservatório teremos que esperar 8 horas para a máquina enchê-lo. Criamos a pior bomba d'água de que jamais se teve notícia!

Bom, mas não duvido que ainda teremos uma avaliação boa pelo projeto. Tudo é possível depois que meu grupo de projetos do segundo ano da elétrica ganhou um certificado por ter ficado "entre os 10 melhores" por um relógio digital que mostrava as horas em código braille usando LEDs que piscavam. As pessoas que viam as luzinhas piscando não podiam ver as horas porque não sabiam braille, e os cegos que sabiam braille tinham uma certa dificuldade para ver os LEDs. Mas era uma caixinha bonitinha com luzes coloridas piscando e agradou os avaliadores...

Ah, eu me divirto!

Em cima: O revolucionário captador de energia das ondas (a bóia não aparece na foto).
À direita: Lucas, Levi, Márcio e eu com o relógio braille, décimo prêmio de PSI2222 em 2006.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Armagedom

Pensamentos sombrios a respeito da X

Hoje eu descobri que a minha professora de italiano ganha 650 euros por mês para dar aula pra nós. O contrato dela acaba e no fim do ano ela (óbvio) está partindo pra outra.

Ela aproveitou a revelação para falar do departamento de línguas da X. De como eles não têm dinheiro e querem cortar gastos. Uma das idéias que estão tramitando seria de cortar as línguas na troisième année, ou seja, durante seu percurso na X você tem curso de línguas durante um ano, e acabou. Outra idéia é diminuir de 80 para 60 horas (por semestre) a carga dos cursos "fáceis" como italiano e espanhol.

Isso me fez pensar no quanto essa escola é demagoga. É uma coisa de que se desconfia logo no primeiro mês que se chega aqui, mas você acaba não dando muita bola. É a melhor escola da França, a fama é tão grande que você fica com aquela certeza de que o lugar é ótimo mesmo assim. Pouco a pouco a situação vai degradando enquanto você vai se acostumando com a precariedade.

Você chega aqui e reúnem todo mundo para o diretor (um general do exército) insistir no quanto a formação multidisciplinar é importante na X. "Vocês farão esporte! Vocês aprenderão línguas! Vocês terão uma formação humana, e propomos cursos de arte, de psicologia, de arquitetura, para a formação de vocês!"

O esporte é TÃO importante que se por qualquer motivo eles precisam de uma janela pra alguma coisa, pronto, não tem esporte. Foda-se o esporte, vai ter uma palestra sobre pesca artesanal, presença obrigatória. De uniforme, hup, hup! coloquem seus chapéis pontudos e espadinhas e venham ouvir o pescador falar!

Quando eu descobri que os franceses aqui tinham que fazer inglês, língua obrigatória a não ser que você já tenha um nível muito bom, eu achei bem interessante. Não esperava, e fiquei com a impressão de que aquela história de protetorismo idiota da língua francesa era um assunto superado, ao menos nas grandes instituições de ensino superior, e achei muito positivo.

Foi hoje que eu me dei conta de que só pode ter um motivo para os caras dizerem que vão ensinar inglês aos seus alunos franceses em míseras quatro horas por semana durante um ano. Por isso que francês fala inglês daquele jeito (é uma piada... mas enfim os caras falam mal). Como eu dizia, só pode ter um motivo...

É a imagem.

O projeto da X é melhorar sua imagem. É o objetivo. Não é um segredo, eles mesmo falam isso. Trazer alunos internacionais é únicamente um aspecto dessa política, como eles mesmos dizem quando vão lá na Poli USP falar do programa. E é assim que certos objetivos correm o risco de serem deixados de lado. O importante não é ter um ensino de línguas de qualidade... o importante é TER.

É como a lendária formação humana e militar (comentei sobre o respectivo departamento, DFHM, em um post recente). Teoricamente somos enquadrados em uma hierarquia militar. O coronel que comanda os alunos do meu ano adora enviar emails pra todo mundo, sempre com erros de francês que fazem até os estrangeiros estremecerem, em que de vez em quando ele gosta de nos relembrar que nós estamos em um enquadramento militar para nos ensinar a ter um "bom comportamento". Que na X não se dá apenas instrução mas também "educação". Que o estágio militar é pra isso. Que a X tem uma formação "completa". CARALHO, quem entra aqui tem pelo menos 18 anos, precisa de um MILITAR pra nos ensinar a ter EDUCAÇÃO!? Hã!?

Quem trata como criança está criando crianças. Aqui tudo é obrigatório (claro, pois é militar.. hmm), então a galera não vai no esporte porque gosta. Vai porque é obrigatório. Não vai no curso de psicologia porque gosta. Mas é obrigatório. Não faz italiano por que gosta... adivinha. Claro, tem exceções, tem gente que aproveita, mas é óbvio que aproveita menos, pois tem colegas menos motivados. E assim eles ainda perdem a chance de fazer alguém se interessar por esporte, por psicologia, por italiano.

A única coisa que nem precisaria ser obrigatório pra todo mundo ir são os cursos científicos (com ressalvas, mas não vou me prolongar muito), é óbvio, pois essa foi a escolha de quem está aqui. Fora isso se o cara quer fazer inglês ou jogar futebol por que não deixar escolher? E fazer uma coisa de qualidade para alunos interessados?

A X é a melhor escola da França, e o nível do ensino científico é realmente muito bom, mas enquanto essa política da imagem não vier acompanhada de uma política da qualidade, com uma proposta autêntica e o fim dessa cara-de-pau típica de militares cabeça-oca a escola não vai passar disso. A melhor da França, ponto.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A mecânica quântica deu lugar à física estatística, onde o cara me fala de temperaturas abaixo de zero Kelvin. Sei...

O gráfico no quadro mostra a energia em função da temperatura para um sistema com grande número de partículas de spin 1/2 independentes em uma região com campo magnético uniforme, inclusive para T<0.

Contudo parece que temperaturas negativas não seriam definidas para o caso geral, em que não há um valor máximo admissível de energia. Nesse caso, ouvi dizer, uma integral acaba divergindo em algum lugar e o universo é salvo.